Como superar a perda de uma filha?

Não sei se conseguirei escrever esse post até o fim, mas preciso tentar...

Tentar colocar para fora um pouco da dor que toma conta da minha vida, do meu coração, da minha alma...

Hoje completa um mês que minha filha não está mais comigo.

Me lembro como se fosse hoje o dia que ela chegou para mim. Foi um dia muito feliz para nós duas, brincamos, fizemos compras... Coisas de mãe e filha.

Foram com certeza 7 anos de felicidade, cumplicidade, amizade e amor.

Ela foi embora sem que eu pudesse me despedir e hoje sofro por não saber se está bem, com fome, sede, frio...

Rezo para ela esteja bem seja onde for e com quem for. Me concentro todos os dias nos momentos bons que tivemos juntas e peço a Deus para cuidar dela.

Muita gente não entende e nunca entenderá esse amor. É uma pena... afinal poucas pessoas vão me amar tão verdadeiramente como ela me amou.

Terei sempre esperança e sei que cedo ou tarde, aqui ou em outra vida, nós duas vamos nos ver de novo!

Esse post é dedicado à Kira, minha filha, desaparecida em 28/10/2012.

Acidentes acontecem?

Sim!

Infelizmente sim...

Esse final de semana minha mãe estava fazendo almoço para nós na casa dela.

Fritava deliciosas mandiocas quando chegamos.

Me sentei à mesa e como sempre faço coloquei o Marcelinho sentado nela.

Ouviu-se um choro de dor. Um choro como nunca antes tinha escutado.

Desesperada sem saber o que acontecia peguei meu bebê no colo.

A colher que havia acabado de sair da panela estava lá.

Eu não sabia...

Eu não imaginei...

Uma pequena bolha agora incomoda o pé do pequeno.

Eu me culpo.

Devia ter pensado!

Devia ter previsto!

Infelizmente acidentes acontecem por mais cuidadosas que nós mães sejamos.

É importante estar sempre atenta ao ambiente em que seu filho está.

Olhar, analisar, avaliar os riscos é super importante!

Agora eu aprendi.

Da pior forma mas aprendi!

Sei que algumas coisas não poderei evitar, mas sei também que muitas delas temos como pelo menos afastar de nós:

- verificar a temperatura da água da banheira

- verificar a temperatura de alimentos e mamadeira

- não mexer e nem transportar comidas ou líquidos quentes enquanto estiver com o bebê no colo

- Não deixar panelas no fogão sem alguém para vigiá-las

- Verificar o tamanho dos pedacinhos da comida para evitar o engasgo

- Evitar travesseiros, fraldas, bichinhos de pelúcia e tudo o mais que seja desnecessário no berço

- Coloque tampa nas tomadas

- Portão nas escadas

- Proteção nas quinas

- Brinquedos sempre apropriados para idade, nunca com peças pequenas que se soltem

- Produtos de limpeza e remédios em armários com fechadura ou estantes bem altas

Existem inúmeras formas de se evitar acidentes e se eu for listar todas ficarei aqui eternamente.

Mas a lição que tiro disso tudo é que cuidado nunca é demais!

Beijos

Fran

De volta ao trabalho!

Esses dias tem sido bem corridos, afinal agora voltei a trabalhar e estou penando um pouco para me adaptar a essa nova rotina.

Voltar ao trabalho depois de 7 meses em casa não é NADA fácil, ainda mais quando você tem um pequeno serzinho que tem que deixar para traz...

Eu acredito piamente que nosso cérebro é "domesticável", vou explicar:

Os sentimentos são inevitáveis, claro! Mas a intensidade deles sobre nós pode SIM ser alterada desde que você se prepare para eles.

Nós mães que vamos continuar no emprego sabemos desde o primeiro dia que uma hora ou outra a mordomia vai acabar! Como eu me conheço e sei que sou do tipo que SOFRE MESMO com as coisas decidi que me prepararia o máximo possível para esse momento.

Procurar uma boa escola foi o primeiro passo, fiz uma adaptação longa e cuidadosa, sem pressa nem ansiedade. Eu sabia que tudo dependeria só de mim e que somente eu poderia tornar essa fase da minha vida em uma coisa boa!

Trabalhar numa empresa que me dá suporte e que me apoia nesse processo todo foi essencial. A gente precisa se sentir segura e amparada, e graças a Deus eu tive isso! Eu gosto e preciso trabalhar, AMO o que faço e não abro mão de ter o meu rico dinheirinho no final do mês para poder dar o melhor para meu pequeno.

Se chorei? Sim, de emoção quando vi que tinham preparado uma festa de boas vindas pra mim!! AMEI!!
Se sofri? Não, só uma saudade boa, vontade de voltar pra casa e sentir o cheirinho do meu amor.
Se estou feliz? MUITO! Hoje tenho certeza que estou no caminho certo! Me sinto renovada e muito forte pra correr atras do que eu quero!

Beijos
Fran